segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Urubu Malandro

Ontem, o Flamengo mais uma vez fingiu que entrou em campo e jogou como se fosse uma pelada do Aterro. Parecia até aquela velha canção do Braguinha, escrita em 1914. O Cruzeiro pressionou, jogou o que sabe, conseguiu uma virada. Por tudo o que aconteceu nos últimos 6 meses, o RJ tem se mostrado avesso ao futebol, mas ainda assim, os times cariocas têm conseguido algum destaques, especialmente os vovôs Botafogo e Fluminense. O gol do Flamengo aconteceu num lance bobo da defesa azul, quando a promessa Diego Maurício mostrou seu cartão de visitas, num chute indefensável logo no 6º minuto. Claro que mesmo com esse apagão, não poderíamos deixar barato, mesmo porque, se não ganharmos o título, pelo menos temos que jogar com dignidade e claro, carimbar o passaporte do Luxa. Estranho pensar que o Roger Flores está comendo bola, depois de tantos anos no DM e andando em campo. Aconteceu, sim, bem como as constantesTR11 fez gol, WP perdeu outro, Fábio saiu mal do gol. Sorte do Flamengo que Vitória e Atlético-GO apenas empataram seus jogos, sendo que um destes rubro-negros vai cair, não o clube carioca.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Jogo de Compadres

Depois de tanto ver jogos bisonhos e canhestros, finalmente tomei coragem de voltar a escrever no blog. Ontem, pelo menos no primeiro tempo, o Cruzeiro jogou como time grande, para vencer, sendo que o até então 'chineleiro' Roger Flores, voltou a dar o ar da graça, mostrando que complementa com perfeição o futebol do Montillo. Poderia ter ficado até maior o placar, se no segundo tempo o time fosse mais brioso e aplicado, mesmo porque em momento algum o Vasco mostrou chance de reação, porque cumpre tabela e só pensa em 2011. Do lado deles, pelo menos o destaque individual do Renato Augusto, que por sinal saiu pela portas dos fundos da nossa ex-gloriosa categoria de base. As chances de título são agora remotas, mas não estão esgotadas, basta vencer nossos jogos e torcer por tropeços dos rivais, que por sinal, estão dando sorte para o azar.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda...

...e a vaca foi para o brejo. Numa tarde em que o Cruzeiro levou um vareio de bola, este pode ser o resumo da ópera. Na última postagem, parafraseei Drummond, agora vou lembrar da célebre canção Elisiana. Ontem, Dorival mostrou que está perto de ser finalmente considerado um 'técnico de ponta', haja vista que aplicou a mesma blitzkrieg que usou em 2007: vencer o adversário nos primeiros 30min de jogo. A diferença é que da última feita, ele estava do nosso lado, nunca tivemos num clássico um atacante como Obina, totalmente inspirado. O Cruzeiro bem que tentou, mas desperdiçou muitas oportunidades, sendo premiado com 3 gols ao final, que seriam suficientes, não fosse aquele ataque-relâmpago do Galo. Desta feita, não há mais gordura para queimar, perder um jogo mais é o limite para o título. Pelo menos, há que se dizer que nossos concorrentes estão derrapando tanto quanto nós, haja vista o joguinho que o Santos fez contra o Prudente no aniversário do Rei. Esse mesmo Prudente, precisa ser a próxima vítima, sem chance para erros. Por fim, vou explicar os 3 atos da ópera:

Na Rua: pondo um técnico na rua, ele tem a liberdade de se dirigir a um rival, mesmo que isso demore, lá ele demonstrará sua competência.
Na Chuva: Obina deitou e rolou no campo molhado, totalmente adequado para seu futebol pouco técnico, mas eficaz.
Na Fazenda: o jogo foi em Uberlândia, Interior do Estado, sendo que o Estádio fica bem perto do brejo, para onde um certo bovino se dirigiu e lá ficou.

PS.:Resgatem a vaca antes que ela fique seca.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Tinha uma Pedra no Meio do Caminho

Parafraseando Drummond, poderei definir a única razão do Grêmio estar na Série A hoje: fazer a função que era de Náutico, Goiás, Paraná e outras equipes encardidas. Depois de serem nossos fregueses durante 40 anos, agora tomam a posição das equipes médias/pequenas: tirar ponto, sem nunca almejar um título. O apequenado tricolor, agora com um ídolo no banco, jogou o mesmo futebol medíocre de sempre, mesmo em casa e com um técnico ofensivista, que agora retorna aoclube do ferroleiros. Poderia falar de arbitragem, mas ela também prejudicou o Corinthians, concorrente ao título. Não fossem os detalhes, teríamos vencido a partida, pois o time criou várias chances de gol, deixando o Grêmio acuado em seus domínios. Mas, claro, eles têm o artilheiro, Jonas, que sempre se apresenta bem, mesmo fazendo apenas gol de pênalti. Pode-se dizer também que faltou maturidade à equipe azul cobalto, haja vista que TR não tinha nada que marcar na lateral e Fábio deveria saber que fazer cera aumenta o tamanho do acréscimo. Detalhe por detalhe, os rivais também vacilam e a sorte tem nos ajudado, mas é bom não contar sempre com ela. O próximo jogo será contra o ex-rival, que tenta sair da Zona e tem crescido de produção. Pelos meus cálculos, poderemos ganhar mais 15 pontos e seremos campeões, pois ganhar de Palmeiras e Vasco em casa não é nenhum desafio. Além do mais, nosso contestado elenco tem mostrado qualidade e postura de campeão, bem como praticamente todos os atletas estão em condições de jogo.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Final Antecipada

Nesse último final de semana, o Cruzeiro mais uma vez mostrou que é um time de chegada. Em apenas 2 meses, saiu da 6ª posição para a Liderança, justamente num momento em que os rivais patinam na classificação. Agora, são mais 10 rodadas até o título, mesmo porque nenhum time se apresenta como ameaça à nossa vitória. Se perdermos será para nós mesmos, porque tropeçamos em nossas pernas. Claro que aqui não é um blog alvinegro, nem estamos falando do nosso combalido ex-rival, que praticamente todo ano briga para não cair. Falar sobre o futebol do time é meio uma redundância, pois ele tem sido pragmático e comedido, o time não se expõe, não faz nem toma muitos gols. O Fluminense, por sua vez, dá mostras que tem um elenco envelhecido e que depende demais do seu meia-esquerda, por sinal, o melhor em atividade. O nosso hermano, por sua vez, em apenas um lance decidiu o jogo, colocando a bola para a cabeçada de Wellingol, que estava devendo futebol e ontem teve gol anulado, bem como bola na trave. A sorte também ajudou, pois o ataque tricolor fez o favor de errar gols feitos debaixo da trave. O próximo desafio é o Grêmio, um ex-freguês que tem colocado as mangas de fora, pois há quase 2 anos não os vencemos em Brasileiros.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Castigo vem a Cavalo

Não foi por falta de aviso, mas no último sábado nosso elenco deu provas inequívocas de que é apenas mediano e esforçado. Bastou pegar um Santos meia-boca, com 1 atleta a menos para a coisa toda desandar. No primeiro tempo, o time até chegou ao gol, mas pecou nas finalizações. Nem vou questionar um gol anulado, mesmo porque se tivéssemos feito 5, ainda teríamos empatado. Cuca mexeu mal, errou nas substituições, sem contar que escalou os combalidos Jonathan e Elicarlos, dois atletas que estão longe da melhor forma. Justamente nas costas deles foi que surgiu a maior parte dos gols dos Santos. Mesmo sem Ganso, principal articulador da equipe e com Neymar em maus momentos, ainda sim a equipe mostra que tem algo mais que as outras, em termos de criatividade. No próximo jogo, precisamos juntar os cacos e encaixar mais um seqüência boa como a que fizemos nas últimas 9 partidas. Esse campeonato está relativamente fácil, basta um pouco mais de esforço para ser campeão. Fluminense teve dificuldades contra um confuso Vitória, bem como Corinthians perdeu para o despreocupado Inter.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Eita, Pau!

Para quem não sabe, essa expressão é tipicamente cearense, quase o mesmo que nosso 'uai'. O jogo não foi diferente, foi pau o tempo todo, o Ceará deu uma de João-sem-Braço, segurou o empate enquanto pode. Com marcação individual, o Mago Estrelado fez sua primeira partida apagada, mesmo porque não dava para jogar bem sempre. Ainda sim, fez gol de pênalti ao final da partida. Outro destaque foi o outro portenho em campo, Ernesto Farías, que também fez o outro gol do certame. Se da outra vez a arbitragem nos tirou o resultado, dessa vez ela colaborou ao anular o gol do inesgotável Marcelo Nicácio (lembra dele?). Mais uma vez jogamos mal, mas agora o Cruzeiro tem desmontado qualquer ferrolho, coisa que não acontecia há 7 anos. Hoje, torcida, técnico e elenco estão em sintonia. Além disso tudo, a Conmebol cortou uma vaga da Libertadores para o Brasil, o que aumenta a fome pelo título. Fluminense e Botafogo estão naufragando, Corinthians não é isso tudo que mostra. Não ganharmos esse ano, pode fechar o Departamento de Futebol, vamos praticar só Atletismo e Bocha.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Choque de Estrelas

Caros amigos, claro que a expressão usada para designar o jogo não poderia ser mais retórica, pois há estrelas nos símbolos dos times, não em campo. Atualmente, nem Cruzeiro, nem Botafogo tem equipes capazes de estar entre as melhores da História. São times modernos, pragmáticos, voltados para o resultado. O que se viu no último sábado, ao menos foram duas equipes francas, de jogo aberto, mas que padecem pela falta de qualidade que tem grassado no Futebrás. Nem vou falar de arbitragem, mesmo porque Héber Roberto Lopes sempre dá pano para manga, para algum lado ele vai errar bisonhamente. Se tivéssemos feito 5 gols, 2 sendo anulados, ainda sim ganharíamos o jogo. Mais uma vez, o destaque vai para Montillo, autor dos 2 gols do time, atleta mais lúcido da equipe. Até agora valeu o investimento de 3 milhões de Euros por ele, tem tudo para virar ídolo ainda neste semestre.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Teoria dos Jogos

Nessa postagem, tentarei explanar a Teoria dos Jogos e a relação que tem com nosso querido time. Quem sobe na escala passa a ser visado, no futebol não é diferente. Cada vitória custa mais caro, pois, de alguma forma, vencer quem tem sucesso aumenta o mérito subjetivo. Ontem não foi diferente, pois o Guarani entrou para não perder, sem chance alguma para esboçar vitória, coisa típica de equipe que sobe para a Série A. O time campineiro, como bem sabemos, teve seu auge nas décadas de 70 e 80, igual a um nosso ex-rival, chegando até mesmo a figurar na Terceirona. O único destaque individual é o jogador Mazola, que por sinal veio emprestado do SPFC. Logo no primeiro tempo, o Cruzeiro fez dois gols, tudo se encaminhava para uma goleada, mas quis o destino que não fosse assim. Justo agora que Cuca se solta mais no comando, o adversário inventa de fazer dois gols. Mas, claro, quando a fase é boa, qualquer jogador medíocre se esforça para fazer jus à camisa. Foi assim com os iluminados Wallyson e Rômulo, duas contestadas contratações, que sabem que serão vaiados se jogarem abaixo do limite. Depois de perdermos tantos campeonatos com times mais brilhantes que esse, parece que nossos limitados atletas estão superando suas vicissitudes e dando sangue em campo. A liderança, parece ser questão de tempo, pois, pangaré por pangaré, sou mais os nossos mesmo, temos mais elenco. Melhor crescer do meio para o fim do que ser paraguaio.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Batalha de Avaí

Para quem não sabe, além de estudioso de futebol, também sou entusiasta de Estratégia Militar e História das Guerras, especialmente aquele conflito que envolveu metade da América do Sul: a Guerra do Paraguai. No final de 1868, houve 4 grandes batalhas, que aniquilaram o Exército Guarani: Itororó, Avaí, Angostura e Lomas Valentinas. Esse período foi batizado de Dezembrada, pois o avanço militar ocorreu no mês de Dezembro. A Batalha de Avaí, especificamente, talvez seja a mais emblemática de todas, pois decidiu a Guerra, com a completa destruição ou captura das tropas inimigas. No caso futebolístico, o time catarinense homenageou os combatentes que lutaram na Guerra, muitos deles saídos daquele Estado. O Leão da Ilha, como não poderia deixar de ser, fez igual ao Exército Guarani: não se entregou enquanto pôde lutar. Nada melhor do que mostrar serviço contra uma grande equipe e um candidato sério ao título. Claro, nosso elenco é mais qualificado, nosso azul é mais forte, nossa torcida é maior e não estamos fazendo figuração na Série A. Mesmo com tantos pescoções e cotoveladas, o Cruzeiro foi valente, jogou na raça, com menção honrosa a Fabrício, atleta-símbolo da equipe como um todo. Ele marcou, correu, carregou a bola e fez grandes lançamentos, especialmente para o gol de Thiago Ribeiro. Nem parece que volta de contusão, mas um jogador recém-promovido para o time principal. Dessa forma, estamos ficando mais perto dos líderes, mesmo porque temos mais opções de banco, ainda sim jogando um futebol medíocre, coisa que todo mundo tem feito por sinal. Obrigado, Avaí, vocês sempre vendem caro todas as derrotas contra nós.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Análise dos Times - Segunda Parte

Goiás: eterna promessa, nunca vai acontecer. O futebol goiano teria salvação se os 4 times da capital fossem competitivos.

Grêmio: elenco formado por jogadores que são qualificados, mas que nunca ganharam nada expressivo. Fica difícil ter uma mentalidade vencedora, ainda mais com uma torcida que aplaude carrinho. Embora a equipe tenha tradição defensiva, o treinador, em outros clubes, soltava demais o elenco, tanto dentro quanto fora. A direção tricolor, para não protagonizar mais um fiasco, que seria o 3º rebaixamento, traz o maior ídolo para tentar salvar o barco, pois o ano já está perdido, bem como a Libertadores de 2011.

Guarani: foi, num passado distante, uma grande equipe, quando era preciso ter uma boa categoria de base para se firmar no esporte bretão. Hoje, oscila de produção, não sendo nem sombra do que foi em priscas eras.

Internacional: o maior clube da atualidade, dispensa apresentações. Elenco caro, qualificado, treinador que era constetado até pouco tempo atrás. Vai brincar em campo até o fim do torneio, pois está no melhor dos mundos.

Palmeiras: um ex-clube, caminhando para a extinção. Hoje em dia, não é mencionado como rival pelas novas gerações de tricolores e alvinegros. Contratou mal, pois com o preço de um Valdivia, se compram dois Montillos. O técnico é caro, o elenco é fraco e os esquemas táticos parecem de time pequeno/desesperado. Se nada for feito, dificilmente pessoas com menos de 25 anos de idade serão palmeirenses. Quando um time se torna pequeno, primeiro vira Galo, depois Coxa, Portuguesa e termina como Juventus. O primeiro passo para o abismo já foi dado.

Prudente: uma aberração criminosa que tem a CBF e a Federação Paulista como cúmplices. Equipe que já foi chamada de Barueri e muda para onde o vento levar, sempre um caça-níqueis. Nada mais anti-clube do que um time que só serve para vender jogador, totalmente incapaz de colocar torcida em Estádio. Numa cidade de menos de 500 mil habitantes, existem 3 clubes profissionais e o mais antigo de todos, o Corintinha, está licenciado, pois não é comandado por gângsters ao contrário dos co-irmãos. Só no Brasil um clube como o Santa Cruz, que põe 40000 no Arruda disputa a Série D.

Santos: equipe que caminhava para a irrelevância devido à má condução do ex-mandatário Marcelo Teixeira. A reviravolta veio com o surgimento de uma nova geração de grandes jogadores, especialmente Ganso e Neymar. Com a contusão de Paulo Henrique, o Zidane Paraense, tende a morrer na praia, pois qualquer clube dependeria do futebol classudo do meia, um dos melhores em atividade hoje em dia.

São Paulo: um time do qual sempre se espera mais, andava apático nas últimas rodadas, mas demonstrou, aos menos contra os mortos-vivos Flamengo e Galo, que nunca é carta fora do baralho. Começou o turno com volume de jogo, alternando jogadas pelos lados, quanto um bom repertório de ações ofensivas, tanto marcando em pressão, quanto saindo em contra-ataque.

Vasco: subiu com elenco fraco e tem demonstrado bom futebol, nada demais. Nenhum jogador fora-de-série, apenas atletas voluntariosos.

Vitória: um time mala da igualmente chata elite baiana. A contrário do Bahia, que ostenta títulos nacionais, só vive de vender jogadores, obviamente inebriados de si mesmos, bem como de cana. Se ficar brincando no meio-campo, fará companhia ao co-irmão da Boa Terra.

Análise dos Times - Primeira Parte

Atlético-GO: time fraco, depende muito da lucidez e dos gols de Elias.

Atlético-MG: se jogar bola, chega no máximo em 8º. Alguns jogadores de nome, o resto do elenco formado por atletas esforçados.

Atlético-PR: elenco mediano, mas conta sempre a força da torcida. Demonstra que futebol se joga no campo, não com nome e camisa.

Avaí: clube que apenas faz figuração na Série A, vai demorar muito para ter um elenco de alto nível. Como é provável que isso não vai acontecer, a única função do time é tirar pontos dos mineiros e gaúchos para entregar aos clubes do Eixo.

Botafogo: teve mais sorte que juízo até agora. Joel Santana confirma seu 'Complexo de Vira-Latas' ao levar uma equipe semi-rebaixada ao topo da tabela. Não foi esse Botafogo que aprendemos a admirar, está se comportando como Grêmio e Palmeiras, times de superação.

Ceará: grande estado sem grande clube. Foi longe até onde deu, mas já sente a falta de fôlego. Depende demais de jogadores emprestados por clubes do Eixo. Se tivesse uma categoria de base, poderia sair do marasmo.

Corinthians: sempre um time forte, sempre um elenco manco. Mesmo suas equipes vencedoras tinham jogadores ruins. Essa agora não é diferente, usa volantes na lateral direita e tem como artilheiro um meia que caminhava para o ostracismo. Adílson tem tirado leite de pedra, errando por preciosismo, não por falta de ousadia. Enquanto Ronaldo só anda em campo, o resto do time não para de correr. A torcida não quer ver show, quer raça.

Cruzeiro: mudou da água para o vinho, tendo dois treinadores muito parecidos pela origem, mas totalmente diferentes nas filosofias de jogo. Do time 'holandês' de Adílson, agora é o time 'italiano' do Cuca, que vence por placar mínimo, administrando a vantagem. Cuca tem sempre montado bons times por onde quer que vá, sempre dá padrão de jogo para qualquer elenco, mas ainda não colheu os louros da Vitória. Hoje, parece que é questão de tempo para o time e técnico chegarem ao ápice, pois ambos estão devendo títulos a si mesmos.

Flamengo: foi campeão não pelos seus méritos, mas pelo demérito dos rivais ano passado, que entregaram o ouro no momento decisivo. Elenco envelhecido, não tem demonstrado ter qualidade no passe ou vigor físico, sendo presa fácil para qualquer time esforçado e/ou qualificado. O ex-ídolo Zico, desceu do pedestal para tentar sanear o Clube, mas o fez de forma heterodoxa e equivocada. Houve corte de gastos, mas os investimentos foram mal executados e a troca de comando em campo também ajudou a configurar o quadro de horror em que agoniza o clube gaveano.

Fluminense: nada mais conveniente para uma torcida velha e rica do que um time rodado e caro como esse. Para quem não sabe, isso já é tradição no Tricolor, o clube foi fundado por senhores de meia-idade, iguais aos que hoje envergam a farda verde-grená. Muita qualidade, mas pode pedir arrego quando surgirem os contratempos.

Clássico é Clássico (vice-versa)

Nada mais clichê do que essa frase, adaptada no RS para: Gre-Nal é Gre-Nal, vice-versa. Só que nós, tanto quanto eles, ainda estamos à procura do nosso desaparecido rival, um certo time paraguaio e zebrado, talvez o Libertad. Como esses rivais há muito não dão as caras, precisamos encontrar um no outro a certa rivalidade, obviamente saudável e cheia de admiração. Um servindo de modelo para o outro seria até muito narcisismo, mas é claro que clubes galácticos precisam jogar bola. O Cruzeiro, claro, tem jogado de forma paranaense e carola, quer dizer, sendo mineiro ao quadrado, econômico até no placar. O Inter, por sua vez, não precisa ganhar mais nada, com certeza está focado no Mundial e tem vaga cativa entre os primeiros colocados. Dizem que a melhor forma de respeitar o adversário é fazer gols, mas é claro que essa virtude o time Stivaliano não tem demonstrado. O destaque positivo, claro foi Everton, que é um segundo volante como há muito não se via por aqui, superando Elicarlos e Henrique em boa forma. Aos poucos, os novos jogadores começam a demonstrar confiança e receber o carinho da torcida, pois sabem que têm uma chance de ouro, estão no melhor lugar do Brasil para jogar bola. Depois de fechar o Primeiro Turno com chave de ouro num Clássico Palestrino, saímos na frente em busca do campeonato, basta manter a regularidade que o título é questão de tempo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Cuca=Levir 2.0

Levir Culpi, também conhecido como Levar Culpa, no distante ano de 95, foi um técnico pelo qual ninguém dava nada, pois era um ex-zagueiro grosso e como pessoa, parece simplório e um tanto engraçado. Ganhar Rural não era nenhuma façanha, mas o time já começava a entrar na Seca que se encontra hoje, isso deu algum respeito ao treinador. O primeiro grande momento do Colono foi aquela Copa do Brasil em 96, quando enfrentamos a Máquina Verde (êta imprensa paulista), como o 'poderoso' Ataque de 100 gols. Passamos o rodo e mostramos que o Parque Antártica é só uma várzea cheia de batráquios. Naquela distante época, o Brasil começava a ter contato com a grande novidade: a Internet Civil, modo Web. Não haviam sistemas de busca avançada, apenas listas por assunto. Nesse ínterim, surgia, em algum lugar do Sertão, um técnico de futuro, um certo Alexi Stival, talentoso meia do Grêmio, Palmeiras, Inter e Santos. Como todos sabemos, treinadores paranaenses sempre logram êxito por essas bandas, mas o Cuca parece um upgrade, pois o LC tinha um certo Vira-Latismo, sempre montava times paraguaios. Stival, ao contrário, monta bons times, mas sempre alguém pega o comando dele no meio do campeonato e colhe os louros da Vitória. Pouca gente sabe, mas o Cuca torcia pelo Furacão quando criança e o Levir era Coxa-Branca. No fim, são muito parecidos em alguns pontos, até mesmo no discurso, embora o ex-treinador fosse um indivíduo bem-humorado e capaz de superar os fracassos com auto-ironia. Conclusão: nada mais anos 90 que Levir e site Cadê e nada mais anos 2000 que Cuca e Web 2.0.

Superação de Várzea

Em todos meus 15 anos de futebol, acho que nunca vi um campeonato tão fácil de ser ganho. Praticamente todos os postulantes ao título dos últimos 3 anos estão na 'Bacia das Almas' e os demais na 'Zona de Conforto'. No primeiro grupo estão: CAM, Fla-Mangue, Palmeiras, São Paulo e Grêmio. Quem está dormindo feliz, pois já tem 1 título importante esse ano, Santos e Internacional, não joga tudo o que precisa, mesmo porque corre o risco de perder algum atleta importante, como foi o caso do Ganso, que vai ficar 6 meses fora de combate. No topo da tabela, nada mais que dois times bem paraguaios, não pela camisa e pela tradição, mas pelos elencos que tem em mãos. O Corinthians, até agora se manteve firme pela capacidade da meia-cancha e pela capacidade Adilsoniana de acertar o setor, não pela efetividade do ataque, totalmente improdutivo. O Fluminense, por sua vez, tem vários atacantes de renome, que já fizeram época com outras camisas, mas todos na faixa dos 30 anos ou mais, descendo a ladeira. O Cruzeiro pode não ter um elenco brilhante, mas até agora mostrou que jogador comum, quando aqui chega, faz das tripas coração para não ser engolido pela exigente torcida. Tem sido assim como Rômulo, Éverton, Farías e Robert, sendo que os dois últimos, corriam o risco de desaparecimento numa equipe inexpressiva como Tiro Federal ou Leônico. Fechamos bem o primeiro turno, agora, vamos crescer de produção, pois o caminho está aberto, se não for campeão esse ano, só no Centenário.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O Ovo de Colombo

Mais uma vez, o Cruzeiro repete sua bipolaridade: joga mal, ganha; joga bem, perde. Contra o Vasco não foi diferente, apenas mais do mesmo. Grosso modo, o time Dorivaliano era clássico, fantasista e o Adilsoniano era mais moderno, tipo Holanda, mas ainda tocava bem a bola, de forma rápida e eficiente. O time do Cuca tem perdido quando tenta jogar da primeira forma e tem vencido quando mantém a estrutura do último treinador, guardadas as devidas proporções. Thiago Ribeiro parece com a cabeça nas nuvens, vai perder a titularidade logo, só pode estar sonhando com algum contrato na Europa, defeito de qualquer atleta formado no SPFC. Ele talvez precise entender que já tem 27 anos e não tem essa bola toda para envergar uma farda milanista, barcelonista ou mesmo sevilhana. Sorte dele que o Vasco costuma ter a pior zaga de qualquer campeonato, geralmente formada por dois espanadores. O destaque positivo, como não poderia deixar de ser, vai para Montillo, sempre presente em todas as ações, como se espera de um meia clássico e caro como ele. Nessa quarta, a bola da vez é o FlaMangue, time tem oscilado sempre para baixo, sem criatividade, sem ofensividade, mas com um ferrolho digno de time alemão. Fazer 3 pontos é mais do que obrigação, até mesmo para calar os Mineirocas que só assistem jogo de TV, para rever o Flamengo apenas a cada 10 anos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Aqui é Trabalho, meu Filho!

Ao contrário do que muitos imaginam, Uberlândia não é parte de SP, apesar dos muitos bandeirantes da farinha podre que aqui vivem. Ontem isso ficou mais do que evidente, pois na teoria, a torcida alvinegra é 5x maior que a azul na cidade, isso sem contar os atleticanos, vascaínos e botafoguenses. Na prática, ficamos pelo menos em pé de igualdade, mesmo com nosso time em má fase, ainda sim colocamos 23000 pessoas no Elefante Branco. Ninguém disse que seria fácil, mas bem que o Corinthians deixou o caminho aberto, pois sem atacantes efetivos, seu jogador mais lúcido desperdiçou a única chance de gol. Do nosso lado, o Pirata Azul, Montillo, tem mostrado que realmente vale o quanto custou aos combalidos cofres do time. Ao contrário de tantos meias sonecas que por aqui passaram nos últimos 7 anos, ele chamou a responsabilidade, verticalizou o jogo e ainda acertou um chute com o pé menos calibrado. De resto, o Cruzeiro foi bem burocrático, administrou o resultado, reteve a bola e matou as chances do clube paulista. Cuca, sempre um homem que se emociona com facilidade, ficou feliz em voltar à cidade que o lançou como treinador, no distante ano de 1998. Adílson, por sua vez, tem sempre tirado leite de pedra, pois esse Corinthians tem algo daquele Cruzeiro de 2008, bem como Elias tem mostrado ser bem equivalente ao Ramires, inclusive mudando de volante moderno para meia-armador.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sinal Amarelo na Toca

Caros amigos, a anedota é tão recorrente que até virou clichê perfeito: esse blog está tão improdutivo quanto nossa outrora gloriosa meia-cancha. Num jogo onde o Cruzeiro poderia ter goleado o Vitória, time que periga cair, o time baiano comemorou o triunfo como se fosse o último jogo da vida. Parece que existe alguma entidade paranormal no Ipatingão, até mesmo porque o time da casa também tem caído pelas tabelas. Falar sobre o jogo é totalmente inoportuno, pois nada de relevante aconteceu nele, o time simplismente não entrou em campo. Chamou muito mais a atenção o uniforme amarelo, que faz o Cruzeiro parecer com o Flamengo, bem como é uma propaganda gratuita para os tucanos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Encilhamento Azul

O Cruzeiro agora parece um terminal de passageiros: toda hora aparece uma barca ou bonde. As bolas da vez agora são Pablo Barros, lateral do Zaragoza e Sebastián Prediguer,volante do Porto. Fica difícil acreditar que a diretoria esteja bem-intencionada trazendo tanto jogador inexpressivo assim. Pelo menos o Montillo e o Farías já tiveram algum destaque na carreira ou foram ídolos em algum time de ponta, mas desses dois atletas ninguém se lembra, porque ainda faltam dizer a que vieram. De tudo isso, só parece que o time está com falta de recursos, pois fora aquele investimento vultoso no Montillo, o maior da última década, nenhum grande montante foi apresentado. Claro que nosso time sempre teve apostas, mas essas foram de doer, haja vista que ambos já tem mais de 20 anos de idade e ainda estão caminhando para se tornar refugos, aqueles boleiros que rodam a vida inteira sem se firmar em nenhuma equipe, mas que sempre ficam em evidência por terem bons empresários. Se fossem grandes atletas, teriam ficado na Europa mesmo, de preferência em algum time de maior expressão, com mais de 100 mi Euros de Orçamento.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Para o Oeste, Meu Jovem!

Dentro de algumas rodadas, o time vai respirar novos ares, da cidade deste que vos escreve, a Capital d'Oeste, Uberlândia. Enfim, o Estádio vai receber um grande time e o Cruzeiro vai encontrar um grande estádio, com excelente gramado (pouco utilizado) e capacidade para 40000 pessoas. Se tudo correr da forma que se espera, vai ocorrer uma química muito boa e o futebol do time finalmente vai crescer de produção. Além do mais, pelos meus cálculos, estaremos em pé de igualdade quando enfrertarmos Flamengo e Corinthians, supostamente as duas maiores do Brasil e da cidade. Se havia alguma reclamação de que os estádios de Sete Lagoas e Ipatinga não são dos melhores, agora não tem mais desculpa. O Cruzeiro finalmente vai jogar nas CNTP (condições normais de temperatura e pressão), tendo a chance única de desfilar seu melhor futebol. Se não jogar bem aqui, nunca mais, pode vender todos os jogadores e fechar o departamento de futebol.

Matar ou Morrer

Agora não tem mais desculpa: o Cruzeiro precisa mostrar que é grande. Ontem, teve a chance de chutar cachorro morto, um SPFC sem brio, sem galhardia, sem sangue nas veias. O nosso adversário estava perto de chegar na Zona de Rebaixamento, passa por reformulação e o Cruzeiro conseguiu perder para si mesmo. Era para ser uma vitória daquelas, sem margem para questionamento, mas sabe-se lá porque, o Tricolor sempre é uma pedra no sapato. De tudo de ruim que aconteceu, pode-se notar a soberba categoria do novo contratado, Walter Montillo. Com a saída de Wagner, e com o desacerto de Roger e Gilberto, o portenho tem de tudo para ser o maestro da equipe, quiçá por muitos anos. Pelo que se viu no jogo de ontem, ele realmente valeu o investimento jamais feito na década atual.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Conexão Uruguai

Caros amigos, é com muita tristeza que escrevo esta postagem, que será avaliada como temerária e infundada por muitos. Muita gente não sabe, ou talvez ignore por conveniência as relações duvidosas do Uruguai com o Futebol Brasileiro. Nosso pequeno irmão, com um economia tão pouco diversificada e competitiva, fica sempre exposto ao ataque de tubarões-financistas. Ainda hoje, a Cisplatina é sempre mencionada como um Paraíso Fiscal, onde não se paga imposto sobre transações financeiras. Dessa forma, um país que tem uma liga semi-amadora, acabou se tornando não só um exportador de craques, como entreposto comercial de jogadores de outros países. Por duas ocasiões, a Justiça Mineira investigou as relações escusas do Cruzeiro com o Central Español, clube ligado ao Empresário Juan Figger, conhecido por ter atletas em todos os grandes clubes brasileiros. O clube platino, recentemente vendeu ao Palermo-ITA o atleta Abel Hernandez, ainda sem ele ser sequer profissional. Por esse mesma agremiação passaram também Ramires e Luisão, sendo que nenhum deles chegou a jogar. Agora, em 2010, com a investigação em curso, mudou o parceiro, agora o Club Maldonado, equipe também inexpressiva. A transferência de Wallyson foi até transparente perto daquela que ocorreu essa semana: a chega de Jones Carioca. Só de olhar a nome e a ficha do boleiro, qualquer um sente desprezo, pois ele nasceu em Caratinga e foi formado no Cruzeiro, mas nunca teve uma passagem expressiva por nenhum time de ponta. O que deve ser questionado aqui nem é a qualidade desportiva dele, mas sim a forma com que a negociação foi conduzida, pois se estamos aceitando qualquer atleta, de qualquer 'parceiro'/comparsa, algo de podre está sendo feito na Rua Timbiras.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Carta aos Homens de Boa-Fé

Caros amigos, dessa vez não escreverei para os Guerreiros Azuis, mas para os Cavaleiros Capa-Preta. Como bons mineiros que são, jamais fraquejaram na fé, mas sempre penderem para o Fanatismo para defender seus domínios, sem perceber que o Real Inimigo está entre suas hostes. Para uma time que sempre fracassou, mas sempre se impôs dentro do Estádio, recomenda-se ter espírito esportivo, que nos faz ganhar e perder com dignidade. Mas não, sempre procuram uma desculpa para as derrotas, mesmo que elas sejam um sinal inequívoco de que houve incompetência por parte dos profissionais envolvidos. O torcedor até tem um pouco de culpa nisso, pois, de boa fé, gasta 150 dobrões para trajar uma túnica alvinegra, vai ao Campo de Batalha trajado, se desdobra para ser vencedor, mas sempre algo sempre dá errado. Os guerreiros deveriam ser os melhores, pois há dinheiro, podemos pagar os melhores mercenários. Pode-se dizer que é politicagem, mas estamos em MG, celeiro formador de estadistas, isso não é algo factível. Enfim, de tudo isso, só podemos extrair que o Atlético nunca se apresentou como um clube viável, tropeça nas pernas e cai nos buracos que cava. Crie corvos e eles te comerão os olhos.

Cenário Ludopédico Mineiro

Caros amigos, como dizia Marx, a História se desenrola como tragédia, mas se repete como farsa. Pela 12ª vez no Quadriênio, se não estou enganado, ganhamos um clássico em cima do nosso 'rival', que coloco entre aspas porque ele não tem se apresentado em campo. O Galo nunca conquistou nada expressivo e sempre teve uma desculpa para as suas derrotas fragorosas. Ao menos, eles tinham uma certa vantagem numérica em Clássicos, conquistada antes da Era Mineirão, quando até mesmo realizaram a façanha de nos vencer por 7 gols de diferença, no distante ano de 1927. De lá para cá, o Cruzeiro, sendo um time operário e esforçado, cresceu e ficou maior que os 2 vizinhos, que se tornaram apenas dois clubes regionais. Mesmo com nossos pequenos dissabores recentes, ainda sim estamos em evidência, não pelas derrotas, mas pelas quase-vitórias, que são a única fonte de alegria dos co-irmãos. De tão cegos pelo clubismo, não encontram a saída do labirinto.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Onde está Wally?

Começar um texto com uma pergunta retórica e recorrente é o mais bem-acabado clichê (lugar comum). Apesar disso, não poderia deixar de escrever sobre o referido Atleta, Wallyson, Potiguar de Macaíba, criado no clube homônimo local (Cruzeiro FC). Ele foi ídolo no ABC, clube da Capital dos Ventos e assim como tantos outros, foi se destacar no futebol paranaense, fato corriqueiro para um nordestino. Jogador de velocidade, alto, esguio, joga pelas pontas e costuma deixar o companheiro na cara do gol. Não é nenhum Messi, mas pode contribuir muito para a equipe, que tem apenas um atacante com igual característica, o Thiago Ribéry. Esperamos que não repita os erros e fracassos dos últimos a passar pela mesma posição, as maiores decepções do Quadriênio: Araújo, Soares, Marcinho, Kieza e Lessa, isso só para citar os mais célebres. Para fechar a postagem, o lugar de WallyShow deve ser sempre o Coração do Torcedor e a Escalação do Cuca, chega de Ligeirinhos Afobados.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Supervalorização de Técnicos

O futebol, dizem, é uma caixinha de surpresas, tem a magia e a capacidade de ser imprevisível. Maradona, tendo 1,63m e 70kg no 'auge' da forma, jamais jogaria outro esporte, assim como Garrincha. O time mais fraco pode vencer o time mais forte, até mesmo de goleada, quando ano passado o quase-campeão Palmeiras sofreu 3 gols do semi-rebaixado Náutico. De tudo isso, pode tirar que são exceções, pois grosso modo, quem é mais qualificado costuma vencer, não só na estrutura, mas também na postura. Na última Copa, por exemplo, a Espanha fez um grande favor ao vencer a Copa, pois mostrou que ser competitivo é jogar com qualidade. No contexto do futebol moderno, a Ordem Natural das coisas parece alterada, pois numa situação normal, o Torcedor cria empatia com o Ídolo, que dá o máximo de si para ser chamado como tal. O dirigente, quando competente e bem-intencionado, aproxima a torcida do jogador, de forma que os elementos formem uma simbiose (um trabalha pelo outro) e todos encontrem a sinergia (quimera corporativa). O técnico, nisso tudo, deveria ser a parte menos importante do processo, mas como disse anteriormente, ele acaba sendo o protagonista de tudo, pois faz um grande teatro à beira do gramado. Quando o clube está em crise, chama um treinador-bombeiro, que tem como primeira atitude colocar a estrela do time no banco, para só retornar no final do torneio. São tantas atitudes duvidosas que nem caberiam nessa postagem. Disso tudo, só podemos chegar a uma conclusão: os dirigentes são, em geral amadores, não toleram críticas, acabam terceirizando os problemas inerentes ao cargo. Dando carta branca ao 'professor', o cartola se exime de qualquer responsabilidade, pois bons técnicos existem aos montes, mas não existe boa governança corporativa nos clubes, de forma geral.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Saindo à Francesa

Como todos sabem, tem faltado transparência à condução dos negócios dentro de nosso clube. Volta e meia me deparo com o sumiço de um jogador que poderia ser uma moeda de troca. Alguns atletas nem sequer tiveram oportunidades e saíram pelas portas dos fundos, como Luiz Fernando e Zé Eduardo. Vale notar que eles não eram ilustres desconhecidos, haja vista que chegaram ser capa de jornais esportivos. Sabe-se lá como e porque, Zé Eduardo foi parar no PSV, sem ninguém noticiar e Luiz Fernando, que seria um substituto natural do Wagner em 2009, passou pelo Ipatinga e está no São Caetano. Honestamente, para que contratar jogadores, sendo que as pratas da casa estão saindo pelo ladrão? Se os jogadores não estavam nos planos, porque não foram trocados em vez de emprestados?

Mancos e Mutilados

Mais uma vez, o Cruzeiro se mostrou irreconhecível dentro de campo. Parecia que o Grêmio jogava em Erechim, até mesmo porque a baixa qualidade do gramado favorece a equipe tricolor, que insiste em jogar de ferraduras. Não era para se esperar outra coisa de um time que está desfalcado, onde Éverton e Jonathan jogam como meias e Fabinho entra na zaga. De tudo o que tem acontecido nesse Mondo Balordo (Mundo Bizarro), vale notar a aura de herói que surgiu sobre Henrique, contestado volante, sempre maltratado pela torcida. Coube a ele fazer os dois gols e empurrar nossos fregueses de volta ao Z4. Essa partida entrará para a História como uma das piores protagonizadas entre os dois times copeiros.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Troca Temerária

Num momento em que nos faltam zagueiros e sobram atacantes, nossos estimados dirigentes concretizam o negócio com Ernesto Farías. Nada contra o jogador, mas ele tem 31 anos e até agora não disse a que veio. Maicon vai fazer falta, sendo que no próximo jogo, Fabinho deverá ser escalado na zaga. Seria preocupante se o ataque gremista estivesse em boa fase, mas essa é outra história. Além disso, o que nos preocupa também é que já faz um tempo que a base não revela nenhum jogador inquestionável, para que se transforme num craque-bandeira ou mesmo uma moeda de troca. Jogar fora a possibilidade de se formar um grande zagueiro por essas bandas é uma total insensatez. Daqui a pouco vai se gastar uma nota para se comprar um novo defensor, desfalcando nossas já combalidas finanças.

Um Começo (Quase) Perfeito

Infelizmente, o Cruzeiro sucumbiu mais uma vez perante um time 'Muricyano', o Fluminense. Sempre o mesmo esquema (3-5-2), sempre as mesmas jogadas (bola alçada na área, centroavante escorando), sempre os mesmos contra-ataques. Esse pós-Copa serviria para testar novas opções e para demonstrar que o time está nos cascos para ser campeão. A sorte nos ajudou nos últimos dois jogos, sendo que no último fomos batidos por ela. O Cruzeiro jogou mal contra Atlético-PR e Goiás, aproveitando as poucas oportunidades criadas para matar o jogo.
Esses últimos 3 jogos também tinham outro componente especial: 0s 3 Clubes da vida de Cuca. O primeiro, o Atlético, era seu time de infância. O segundo, foi aquele onde apareceu para o Brasil em 2003. O terceiro, aquele onde executou a mais homérica virada contra o rebaixamento de toda a História do Campeonato. De tudo o que se passou de ruim, podemos destacar a reabilitação de Gilberto, que gastou a bola enquanto teve físico e as boas estreias de Rômulo e Éverton, que estão mostrando que merecem ser titulares.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Confiança e Obrigação

Grandes poderes trazem grandes responsabilidades. Essa frase parece clichê, mas ilustra bem nossa atual situação. Depois de tanto tempo, nossos dirigentes tiveram um lampejo de lucidez e estão pensando em ganhar o título nacional, haja vista que há uma década não haviam investido no passe de um jogador. A equipe vai recomeçar o torneio bem reforçada, sendo que vai encarar uma pedreira contra o Furacão na Arena. Esse pode ser um teste enganoso, pois se o Atlético-PR não tem um grande elenco, a torcida sempre está ao lado do time, tornando o time osso quase imbatível dentro de seus domínios. Brasileiro é obrigação, não podemos ficar tanto tempo na fila.

sábado, 3 de julho de 2010

Nova (Velha) Ordem Mundial do Futebol

Pois é, não foi dessa vez que a América levou a melhor em cima da Europa, pois 3 equipes do Mercosul saíram da Copa. Nada poderia ser mais trágico e anacrônico. No momento em que a Europa está de calças nas mãos, nossa economia do Cone Sul cresce a olhos vistos, sendo que o Chile, arrasado pelo terremoto, ainda vai crescer 3,2%. No futebol continua igual, nossos clubes devendo a Deus e o Mundo, usando apenas as vendas de jogadores para colocar as contas em dia. Se todos os grandes do Velho Continente quebrarem, a fonte vai secar, vai todo mundo com chapéu na mão. Sobre a Copa, fica mais do que evidente a falta de gerência no Futebol Argentino, pois acontece o mesmo que no Cruzeiro: trocam-se os profissionais, os títulos não surgem no horizonte. Nem mesmo o ídolo Maradona conseguiu levar sua Seleção a algum lugar.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Mano é Seleção

Como aconteceu de outras feitas, existe uma grande possibilidade do novo técnico da Seleção vir do Corinthians. Até agora, Mano Menezes tem feito um trabalho expressivo, numa equipe cheia de pressão e egos inflados como o SCCP. Dessa forma, operar com a Seleção é algo trivial, pois o ambiente é muito parecido nas duas equipes. Naturalmente, haverá uma outra renovação forçada no Escrete Canarinho, com possíveis saídas de Felipe Melo, dos dois Gilbertos, de Kaká, Luís Fabiano, Kléberson e Michel Bastos. Alguns não corresponderam à expectativa, outros encerraram o ciclo com a camisa amarelo-ouro. De qualquer forma, é sempre bom fazer renovação e sempre teremos peças para repor à altura. A próxima geração terá Neymar e Ganso, sendo que talvez Dunga não os tenha chamado para não queimar os meninos, que ainda não tiveram uma seqüência de jogos duros pela frente. Eles serão os donos do time em 2014 e terão a chance de colocar o nome na História, pois jogarão diante da torcida. Essa Copa já começou perdida para nós, e mesmo se jogássemos tudo, ainda teríamos que perder, porque a Copa esvaziaria de sentido se o Brasil ganhasse metade delas. Vergonha mesmo será perder dentro de casa.

Jogo dos Sete Erros

Caros amigos, nada mais triste do que acertar uma previsão na Copa. Desde o começo, parecia que as coisas sairiam dessa forma: voar na Primeira Fase, passear nas Oitavas e cair nas Quartas. Esse filme já rolou em 2006, com outros atores e script parecido: Goleamos uma seleção fraca(Gana e Chile) e perdemos para uma Europeia, postulante ao título por placar magro. Gostaria de explanar nossos erros nessa partida.

1) Dunga: Escalou um time manco, que só tinha o lado direito. Deixou os jogadores nervosos com isolamento excessivo, o que se refletiu em vários cartões. Não fez as substituições na hora certa, colocando jogadores fora de suas melhores posições.
2) Kaká: Jogou pelo lado esquerdo, tocando pelo lado direito, nunca acionando Robinho e Michel Bastos.
3) Robinho: Só se apresentou para o jogo 2 vezes.
4) Júlio César: Saiu afobado do gol, trombando com Felipe Melo.
5) Felipe Melo: Era para ser o melhor em campo, mas terminou virando termômetro do nervosismo de toda a equipe. Participou dos 3 gols marcados na partida.
6) Michel Bastos: jogou isolado, não se apresentou na marcação nem na criação. Levou cartão bobo.
7) Luís Fabiano: não tocou na bola, não brigou no ataque, nada fez de produtivo.

Tivemos muita sorte de chegar tão longe, pois não tivemos nenhum adversário à altura. Nosso estilo de jogo foi repetido à exaustão, tanto que era fácil de ser desarmado. Melhor sorte em 2014, jogando em casa.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Ramires brilhando na Seleção

Já era de se esperar, no meio de tanto jogador baleado, ele se destaca. Pena que não joga amanhã contra Holanda, vai fazer muita falta. Dunga levou vários reservas que não pode contar. Amanhã, dá Laranja na Cabeça, vai terminar na segunda posição. O título, ao que tudo indica, irá ficar com a Argentina, pois tem o melhor elenco (onde realmente interessa:zona ofensiva)e seus jogadores estão bem tecnicamente. Pobre Dunga, depois de tanto lutar contra tudo e todos, talvez vire um Lazaroni. A torcida colorada já contava com sua demissão mês passado.

Cada um no seu Quadrado

Pelo menos uma boa notícia essa semana: Diego Souza no Galo. Que ele seja feliz por lá, até a torcida queimá-lo, mas que nunca jogue bem contra nossa equipe. Luxa dispensou Renan Oliveira, prata da casa, o que deixou meio-campo alvinegro bem lento. Então, agora os atleticanos terão um prato cheio: jogador rápido, fominha e raçudo. Vão correr muito e terminar morrendo na praia como sempre.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Trocando Seis por Meia Dúzia

A efetivação de Cuca aqui no Cruzeiro é uma notícia bem-vinda no sentido de renovar o ambiente, pois o trabalho do Adílson parece ter chegado ao prazo de validade. Mas a novidade para por aí, pois ambos acumulam muitas coincidências: ambos são jovens, curitibanos, eram jogadores técnicos, torcem para o Furacão, foram ídolos no Grêmio, têm fala arrastada e olhos azuis. Penso que o Alexi Stival sempre tem feito bons trabalhos por onde passa, sendo que nunca chegou a colher os frutos, pois algum outro treinador sempre usa do time por ele montado. Foi assim no SPFC em 2005, quando Cuca trouxe meio time do Goiás para o Morumbi. A diferença é que lá a Diretoria, é em tese, menos mercantilista, ou pelo menos vende o jogador depois das conquistas, não deixa o elenco e o treinador na mão. Cuca só dará certo aqui se mudar a mentalidade dos nossos mandatários, pois o que temos visto ultimamente é aquela velha frase Sartreana: "O Inferno são os outros". A Culpa é do juiz, nossa cota de TV é menor, a Imprensa Mineira é alvinegra, etc. Quando assumiu a Presidência no atual mandato, Zezé prometeu um título importante para os 3 anos em que ele ficasse aqui, sendo que 2011 será a última oportunidade dele cumprir a promessa.

Diego Souza, Notícia Plantada

Sinceramente, é cada uma que a Imprensa Marrom pinta aqui na Toca que parece desespero para vender jornal. Nada contra o DS7, mas é uma questão de coerência, pois o futebol dele nunca foi a nossa cara e além disso, temos atletas que não se dão com ele. Caso ele chegue aqui, seria um novo dono do time, ficaríamos dependendo das suas arrancadas fulminantes ao gol, todas as bolas passariam pelo pé dele. Se não serviu ao Palmeiras, dificilmente daria certo aqui, pois esse tipo de jogador meia-ponta-de-lança sempre foi a cara deles, não a nossa. O Cruzeiro sempre primou pelas jogadas trabalhadas pelo meio e não pelas jogadas individuais. Resumindo, Diego Souza chegaria aqui em MG mais ou menos que nem Kléber e Diego Tardelli: rejeitados no Futebol Paulista, no meio da carreira, sem títulos e sem Seleção no Currículo. Por favor, jornalistas, parem de inventar abobrinhas, isso é ruim para todos.

Tríplice Coroa, símbolo de Decadência

Para quem não sabe, o Palmeiras, ao surgir usava a Cruz de Savoia como emblema, um símbolo monarquista, que não reflete a Nacionalidade Italiana em nada, sendo apenas um símbolo de opressão. A Casa Reinante da Pátria-Mãe era considerada como traidora da Nação, pois entregou o poder de mão beijada para o Fascismo. Dessa forma, o Palestra daqui, rejeitou o uso do emblema que ilustra a camisa do co-irmão. Muito interessante notar, que o Cruzeiro deixou de ser competitivo depois da Tríplice Coroa, pode ser apenas uma coincidência, mas o Clube tem sido tocado de forma totalmente monástica. Gustavo não entende nada de Futebol, sua passagem pela diretoria é totalmente apócrifa, não vai acrescentar nada, nem nunca mais mexer com Gestão Esportiva. Assim como nossos fundadores não tolelaram a Opressão e a Injustiça, nós precisamos retomar o Clube de volta a quem o fundou, para que ele seja tocado de forma mais democrática, ou pelo menos, mais profissional.

Ascensão dos Perrelas

Para falar a verdade, a ascensão do Zezé se deu justamente nesse deslize de nosso mandatário no distante ano de 94. César havia vendido o Ronaldo por US$ 6 mi, passou 500 mil para o Empresário do mesmo, embolsou 2mi e deixou 3,5mi no caixa do clube. Zezé era meramente um diretor de categoria de base e tinha um frigorífico pequeno, seu patrimônio mal chegava a R$ 500 mil. César Masci havia indicado o indivíduo para a Presidência, pensando que um dia voltaria a gerenciar o clube, coisa que jamais aconteceu novamente. Desde então, o patrimônio da Dinastia multiplicou-se mais de 30 vezes, e as demais famílias só viram seus patrimônios encolherem, sendo que Felício Brandi terminou a vida como um modesto aposentado. É de pensar como um frigorífico regional pode crescer tanto de faturamento em apenas 15 anos.

Italofobia

Segundo informações de outro blog, publicadas por Jura Lazzarotti, as últimas diretorias do Cruzeiro têm cada vez menos italianos. Eu já havia tomado ciência disso, e agora a situação fica mais evidente: os fundadores do clube estão sendo limados do seu quadro social. Pensar no Cruzeiro sem italianada é o mesmo que imaginar que não vai ter libaneses na Diretoria do Rival. Mas, segundo eu costumo pensar, italianos são pessoas vivazes, com espírito livre, sem sinal de servilismo, coisa que deveria ser imitada pelos brasileiros em geral. Nenhum de nós coadunaria com esse estado de coisas que reina hoje na equipe azul, sendo que o César Masci caiu por roubar muito menos que os Perrelas.

sábado, 26 de junho de 2010

Sobre nossos déficits

Caros amigos, a única saída real e plausível para toda essa bandalheira é a China Azul retomar o Clube para si. Os Perrelas dilapidaram nosso erário para comprar o Silêncio de alguns elementos. Nada justifica o déficit de 25 milhões anuais, haja vista que jamais foi feito um investimento expressivo que terminasse em vitória. Tudo bem que nossa cota é menor que a do Flamengo, nosso patrocínio é menor que o do SPFC, mas nenhum clube brasileiro vendeu 100 jogadores para o Exterior na Era dos Pontos Corridos. Sempre que o balanço é divulgado, geralmente em meados de Maio, ele aponta esse mesmo valor, que acaba sendo coberto pela venda de algum aspirante a ídolo, haja vista o que ocorreu com Moreno e Ramires nos últimos dois anos. Sobre o primeiro, ele nunca mais jogou a mesma bola, sendo que os gols dele fizeram falta no BR08, quando Guilherme ficou praticamente o torneio todo à procura de um parceiro. Foram usados Jajá, Weldon, Wanderley e Rômulo, sendo que nenhum deles supriu a ausência do Boliviano. Terminamos em 3º e Guilherme com 18 gols. Sobre o Queniano, poderiam ter esperado os 3 jogos da Libertadores que faltavam, assim ganharíamos o título e 20 milhões em caixa, sendo que o Ramires poderia valer até 35 mi. Vender jogador antes da hora é tolice, pois ele sai abaixo do que poderia, tanto em termos de Futebol quanto de $.

Plano B

Agora que a situação do Malinha Portenho não saiu do nada, nossa célere diretoria corre atrás de Montillo e Ernesto Farías. O primeiro pode ser um bom reforço, mas também estaria fadado a ser um novo Tapia. O segundo já foi apresentado ao time no começo do ano em troca do Kléber, sendo que o negócio não se concretizou. Honestamente, não penso ser uma boa política contratar jogador mediano e rodado como ele, que nunca conquistou nada expressivo nem teve grandes atuações. Acompanho o Futebol Argentino há 15 anos e nunca tomei conhecimento do indivíduo. No começo do ano, parecia que um certo menino-prodígio colombiano chamado Macnelly Torres viria para cá, mas levamos um rasteira do Colo-Colo. Diretoria que se preze não se pode prestar a dar vexames como esses.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Riquelme, o Craque-Factóide

Caros amigos Cruzeirenses, a possível vinda do Riquelme para o Cruzeiro é uma notícia totalmente inoportuna. Sempre que o nome desse jogador é ventilado, o clube que seria o seu destino sempre está passando por alguma crise de ordem política. O Cruzeiro não é diferente, pois passou 15 anos nas mãos dos Irmãos Perrela, sendo que apenas nos 8 primeiros o clube conquistou algo relevante. A China Azul parece conformada com nossos fracassos, haja vista que nosso rival jamais ganhou qualquer título importante nos últimos 40 anos, culminando com o rebaixamento no meio da década atual. Muitos jogadores e técnicos passaram por aqui, alguns comprometidos com o resultado e outros não, nenhum deles alcançou nada expressivo. É de se questionar o que tem realmente acontecido, mas eu afirmo categoricamente que a Diretoria só pensa em preservar o poder e o dinheiro, nada mais. Se assim não fosse, o Cruzeiro teria mais de 50000 sócios, sendo que o Internacional tem uma torcida menor, numa Capital também menor que BH e alcança 100000 sócios. Sempre se lançam novos programas, apenas para mascarar nossos problemas, que sempre são abafados, inclusive com a ajuda do Governador, que deposita todo seu capital político no Futebol Mineiro. A Justiça, sempre tem sua parte de culpa, pois evita fiscalizar entidades privadas.