segunda-feira, 30 de agosto de 2010
O Ovo de Colombo
Mais uma vez, o Cruzeiro repete sua bipolaridade: joga mal, ganha; joga bem, perde. Contra o Vasco não foi diferente, apenas mais do mesmo. Grosso modo, o time Dorivaliano era clássico, fantasista e o Adilsoniano era mais moderno, tipo Holanda, mas ainda tocava bem a bola, de forma rápida e eficiente. O time do Cuca tem perdido quando tenta jogar da primeira forma e tem vencido quando mantém a estrutura do último treinador, guardadas as devidas proporções. Thiago Ribeiro parece com a cabeça nas nuvens, vai perder a titularidade logo, só pode estar sonhando com algum contrato na Europa, defeito de qualquer atleta formado no SPFC. Ele talvez precise entender que já tem 27 anos e não tem essa bola toda para envergar uma farda milanista, barcelonista ou mesmo sevilhana. Sorte dele que o Vasco costuma ter a pior zaga de qualquer campeonato, geralmente formada por dois espanadores. O destaque positivo, como não poderia deixar de ser, vai para Montillo, sempre presente em todas as ações, como se espera de um meia clássico e caro como ele. Nessa quarta, a bola da vez é o FlaMangue, time tem oscilado sempre para baixo, sem criatividade, sem ofensividade, mas com um ferrolho digno de time alemão. Fazer 3 pontos é mais do que obrigação, até mesmo para calar os Mineirocas que só assistem jogo de TV, para rever o Flamengo apenas a cada 10 anos.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Aqui é Trabalho, meu Filho!
Ao contrário do que muitos imaginam, Uberlândia não é parte de SP, apesar dos muitos bandeirantes da farinha podre que aqui vivem. Ontem isso ficou mais do que evidente, pois na teoria, a torcida alvinegra é 5x maior que a azul na cidade, isso sem contar os atleticanos, vascaínos e botafoguenses. Na prática, ficamos pelo menos em pé de igualdade, mesmo com nosso time em má fase, ainda sim colocamos 23000 pessoas no Elefante Branco. Ninguém disse que seria fácil, mas bem que o Corinthians deixou o caminho aberto, pois sem atacantes efetivos, seu jogador mais lúcido desperdiçou a única chance de gol. Do nosso lado, o Pirata Azul, Montillo, tem mostrado que realmente vale o quanto custou aos combalidos cofres do time. Ao contrário de tantos meias sonecas que por aqui passaram nos últimos 7 anos, ele chamou a responsabilidade, verticalizou o jogo e ainda acertou um chute com o pé menos calibrado. De resto, o Cruzeiro foi bem burocrático, administrou o resultado, reteve a bola e matou as chances do clube paulista. Cuca, sempre um homem que se emociona com facilidade, ficou feliz em voltar à cidade que o lançou como treinador, no distante ano de 1998. Adílson, por sua vez, tem sempre tirado leite de pedra, pois esse Corinthians tem algo daquele Cruzeiro de 2008, bem como Elias tem mostrado ser bem equivalente ao Ramires, inclusive mudando de volante moderno para meia-armador.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Sinal Amarelo na Toca
Caros amigos, a anedota é tão recorrente que até virou clichê perfeito: esse blog está tão improdutivo quanto nossa outrora gloriosa meia-cancha. Num jogo onde o Cruzeiro poderia ter goleado o Vitória, time que periga cair, o time baiano comemorou o triunfo como se fosse o último jogo da vida. Parece que existe alguma entidade paranormal no Ipatingão, até mesmo porque o time da casa também tem caído pelas tabelas. Falar sobre o jogo é totalmente inoportuno, pois nada de relevante aconteceu nele, o time simplismente não entrou em campo. Chamou muito mais a atenção o uniforme amarelo, que faz o Cruzeiro parecer com o Flamengo, bem como é uma propaganda gratuita para os tucanos.
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
Encilhamento Azul
O Cruzeiro agora parece um terminal de passageiros: toda hora aparece uma barca ou bonde. As bolas da vez agora são Pablo Barros, lateral do Zaragoza e Sebastián Prediguer,volante do Porto. Fica difícil acreditar que a diretoria esteja bem-intencionada trazendo tanto jogador inexpressivo assim. Pelo menos o Montillo e o Farías já tiveram algum destaque na carreira ou foram ídolos em algum time de ponta, mas desses dois atletas ninguém se lembra, porque ainda faltam dizer a que vieram. De tudo isso, só parece que o time está com falta de recursos, pois fora aquele investimento vultoso no Montillo, o maior da última década, nenhum grande montante foi apresentado. Claro que nosso time sempre teve apostas, mas essas foram de doer, haja vista que ambos já tem mais de 20 anos de idade e ainda estão caminhando para se tornar refugos, aqueles boleiros que rodam a vida inteira sem se firmar em nenhuma equipe, mas que sempre ficam em evidência por terem bons empresários. Se fossem grandes atletas, teriam ficado na Europa mesmo, de preferência em algum time de maior expressão, com mais de 100 mi Euros de Orçamento.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Para o Oeste, Meu Jovem!
Dentro de algumas rodadas, o time vai respirar novos ares, da cidade deste que vos escreve, a Capital d'Oeste, Uberlândia. Enfim, o Estádio vai receber um grande time e o Cruzeiro vai encontrar um grande estádio, com excelente gramado (pouco utilizado) e capacidade para 40000 pessoas. Se tudo correr da forma que se espera, vai ocorrer uma química muito boa e o futebol do time finalmente vai crescer de produção. Além do mais, pelos meus cálculos, estaremos em pé de igualdade quando enfrertarmos Flamengo e Corinthians, supostamente as duas maiores do Brasil e da cidade. Se havia alguma reclamação de que os estádios de Sete Lagoas e Ipatinga não são dos melhores, agora não tem mais desculpa. O Cruzeiro finalmente vai jogar nas CNTP (condições normais de temperatura e pressão), tendo a chance única de desfilar seu melhor futebol. Se não jogar bem aqui, nunca mais, pode vender todos os jogadores e fechar o departamento de futebol.
Matar ou Morrer
Agora não tem mais desculpa: o Cruzeiro precisa mostrar que é grande. Ontem, teve a chance de chutar cachorro morto, um SPFC sem brio, sem galhardia, sem sangue nas veias. O nosso adversário estava perto de chegar na Zona de Rebaixamento, passa por reformulação e o Cruzeiro conseguiu perder para si mesmo. Era para ser uma vitória daquelas, sem margem para questionamento, mas sabe-se lá porque, o Tricolor sempre é uma pedra no sapato. De tudo de ruim que aconteceu, pode-se notar a soberba categoria do novo contratado, Walter Montillo. Com a saída de Wagner, e com o desacerto de Roger e Gilberto, o portenho tem de tudo para ser o maestro da equipe, quiçá por muitos anos. Pelo que se viu no jogo de ontem, ele realmente valeu o investimento jamais feito na década atual.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Conexão Uruguai
Caros amigos, é com muita tristeza que escrevo esta postagem, que será avaliada como temerária e infundada por muitos. Muita gente não sabe, ou talvez ignore por conveniência as relações duvidosas do Uruguai com o Futebol Brasileiro. Nosso pequeno irmão, com um economia tão pouco diversificada e competitiva, fica sempre exposto ao ataque de tubarões-financistas. Ainda hoje, a Cisplatina é sempre mencionada como um Paraíso Fiscal, onde não se paga imposto sobre transações financeiras. Dessa forma, um país que tem uma liga semi-amadora, acabou se tornando não só um exportador de craques, como entreposto comercial de jogadores de outros países. Por duas ocasiões, a Justiça Mineira investigou as relações escusas do Cruzeiro com o Central Español, clube ligado ao Empresário Juan Figger, conhecido por ter atletas em todos os grandes clubes brasileiros. O clube platino, recentemente vendeu ao Palermo-ITA o atleta Abel Hernandez, ainda sem ele ser sequer profissional. Por esse mesma agremiação passaram também Ramires e Luisão, sendo que nenhum deles chegou a jogar. Agora, em 2010, com a investigação em curso, mudou o parceiro, agora o Club Maldonado, equipe também inexpressiva. A transferência de Wallyson foi até transparente perto daquela que ocorreu essa semana: a chega de Jones Carioca. Só de olhar a nome e a ficha do boleiro, qualquer um sente desprezo, pois ele nasceu em Caratinga e foi formado no Cruzeiro, mas nunca teve uma passagem expressiva por nenhum time de ponta. O que deve ser questionado aqui nem é a qualidade desportiva dele, mas sim a forma com que a negociação foi conduzida, pois se estamos aceitando qualquer atleta, de qualquer 'parceiro'/comparsa, algo de podre está sendo feito na Rua Timbiras.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Carta aos Homens de Boa-Fé
Caros amigos, dessa vez não escreverei para os Guerreiros Azuis, mas para os Cavaleiros Capa-Preta. Como bons mineiros que são, jamais fraquejaram na fé, mas sempre penderem para o Fanatismo para defender seus domínios, sem perceber que o Real Inimigo está entre suas hostes. Para uma time que sempre fracassou, mas sempre se impôs dentro do Estádio, recomenda-se ter espírito esportivo, que nos faz ganhar e perder com dignidade. Mas não, sempre procuram uma desculpa para as derrotas, mesmo que elas sejam um sinal inequívoco de que houve incompetência por parte dos profissionais envolvidos. O torcedor até tem um pouco de culpa nisso, pois, de boa fé, gasta 150 dobrões para trajar uma túnica alvinegra, vai ao Campo de Batalha trajado, se desdobra para ser vencedor, mas sempre algo sempre dá errado. Os guerreiros deveriam ser os melhores, pois há dinheiro, podemos pagar os melhores mercenários. Pode-se dizer que é politicagem, mas estamos em MG, celeiro formador de estadistas, isso não é algo factível. Enfim, de tudo isso, só podemos extrair que o Atlético nunca se apresentou como um clube viável, tropeça nas pernas e cai nos buracos que cava. Crie corvos e eles te comerão os olhos.
Cenário Ludopédico Mineiro
Caros amigos, como dizia Marx, a História se desenrola como tragédia, mas se repete como farsa. Pela 12ª vez no Quadriênio, se não estou enganado, ganhamos um clássico em cima do nosso 'rival', que coloco entre aspas porque ele não tem se apresentado em campo. O Galo nunca conquistou nada expressivo e sempre teve uma desculpa para as suas derrotas fragorosas. Ao menos, eles tinham uma certa vantagem numérica em Clássicos, conquistada antes da Era Mineirão, quando até mesmo realizaram a façanha de nos vencer por 7 gols de diferença, no distante ano de 1927. De lá para cá, o Cruzeiro, sendo um time operário e esforçado, cresceu e ficou maior que os 2 vizinhos, que se tornaram apenas dois clubes regionais. Mesmo com nossos pequenos dissabores recentes, ainda sim estamos em evidência, não pelas derrotas, mas pelas quase-vitórias, que são a única fonte de alegria dos co-irmãos. De tão cegos pelo clubismo, não encontram a saída do labirinto.
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